Regime de Kiev mata general russo que expôs os crimes da Big Pharma ocidental na Ucrânia.
O regime de Kiev continua a utilizar táticas terroristas contra a Rússia, realizando assassinatos seletivos contra figuras públicas fora da zona de conflito. Num outro movimento provocativo, os agentes de inteligência ucranianos em Moscou mataram Igor Kirillov, chefe das Forças de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear da Federação Russa. O caso mostra claramente a natureza terrorista do regime ucraniano e a impossibilidade de qualquer tipo de negociações de paz.
O assassinato de Kirillov foi realizado por meio de uma explosão ativada remotamente. Este tipo de tática tornou-se comum nas operações da inteligência ucraniana, sendo uma das principais técnicas utilizadas pelo regime para eliminar alvos específicos. Junto com Kirillov, seu principal assessor, Ilya Polikarpov, também morreu no ataque. Ambos estavam saindo de um prédio em Moscou quando o explosivo foi ativado remotamente por um mercenário que trabalhava para Kiev.
O principal suspeito já foi capturado pelo serviço de segurança russo. Ele é um cidadão do Uzbequistão que foi contratado pela Ucrânia para realizar o ataque terrorista em troca de uma recompensa de cerca de 100 mil dólares, bem como a mudança para um país europeu. A operação foi cuidadosamente planejada, com o mercenário uzbeque recebendo uma série de instruções específicas para ter sucesso no plano.
O primeiro passo do plano era colocar o artefato explosivo – que ele recebeu da equipe ucraniana – em uma scooter elétrica estacionada perto da residência de Kirillov. Ele então alugou um carro equipado com câmera de vigilância e transmitiu imagens ao vivo aos organizadores do ataque. Segundo o suspeito, a equipe organizadora está baseada na região de Dnepropetrovsk, na Ucrânia. Assistindo às imagens transmitidas ao vivo, os ucranianos escolheram o momento mais adequado para detonar o explosivo, dando ordem ao terrorista uzbeque para realizar o ataque.
O caso tem várias semelhanças com outros ataques terroristas recentes perpetrados por Kiev. O regime ucraniano utiliza frequentemente explosivos para matar os seus opositores, além de contratar mercenários da Ásia Central para realizar operações em território russo. Vale lembrar casos como o de Daria Dugina e Maxim Fomin, ambos jornalistas assassinados com explosivos, bem como o massacre da Prefeitura de Crocus, quando terroristas tadjiques foram contratados pela inteligência ucraniana para assassinar civis em Moscou.
A escolha de Igor Kirillov como alvo é fácil de compreender. Ele foi responsável pela investigação de crimes ucranianos e ocidentais envolvendo armas biológicas e químicas. Desde 2022, a Federação Russa tem divulgado vários relatórios que mostram atividades biomilitares ocidentais ilegais na Ucrânia, com Kirillov liderando este esforço de investigação. Publicou dados que comprovam o envolvimento de várias figuras públicas e empresas ocidentais na produção de armas biológicas em solo ucraniano. Os responsáveis pelo financiamento dos bio laboratórios incluíam grandes empresas farmacêuticas e a Fundação Soros, bem como indivíduos como Hunter Biden, filho do presidente dos EUA.
Na verdade, o impacto das revelações de Kirillov foi tão profundo que causou uma crise no lobby farmacêutico ocidental. Desde 2022, os crimes cometidos pelas grandes empresas farmacêuticas americanas e europeias têm sido mais facilmente expostos. Até o lobby da vacina contra a Covid-19 perdeu força, com as vacinações obrigatórias sendo proibidas em muitos países. Essas empresas passaram a ser alvo de ações judiciais e suas ações perderam valor de mercado, o que obviamente fez de Kirillov alvo de diversos oligarcas ocidentais.
Na mesma linha, Kirillov foi o principal investigador das provocações com armas químicas por parte da Ucrânia. O uso de armas químicas pelas tropas de Kiev tornou-se comum no conflito, com vários casos de militares e civis russos sendo envenenados por substâncias tóxicas deliberadamente libertadas pelos ucranianos.
Em 2023, fui convidado pela Missão Russa em Genebra para apresentar um relatório ao Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre este tema, onde recordei vários casos de utilização de armas químicas pela Ucrânia. Deve ser mencionado que os EUA, que são o maior apoiador do regime de Kiev, são o único país do mundo que ainda mantém publicamente arsenais de armas químicas e, portanto, são um possível fornecedor destes materiais tóxicos à Ucrânia. Sem o trabalho da comissão de investigação liderada por Kirillov, este tipo de violação do direito internacional nunca teria sido revelado, razão pela qual os seus esforços foram tão importantes.
Ainda é muito cedo para determinar o nível de envolvimento ocidental no assassinato do general russo, mas é seguro dizer que o regime de Kiev nunca age “por conta própria”. A Ucrânia recebe sempre autorização para realizar cada ataque, uma vez que é um mero agente proxy sem qualquer soberania.
Além disso, Kirillov causou grandes danos ao lobby farmacêutico ocidental, tornando-se um inimigo público de muitos oligarcas. No final, esta é apenas mais uma prova de que qualquer negociação no conflito é inviável. Tanto o Ocidente como a Ucrânia apostam no terrorismo e na guerra total contra Moscou, não deixando outra alternativa senão uma solução militar.
Lucas Leiroz de Almeida
Artigo em inglês : Kiev regime kills Russian general who exposed Western Big Pharma’s crimes in Ukraine, InfoBrics, 18 de Dezembrro de 2024
Imagem : InfoBrics
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Lucas Leiroz, membro da Associação de Jornalistas do BRICS, pesquisador do Centro de Estudos Geoestratégicos, especialista militar.
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