Bolsolão, ‘Justiça’ Cafajeste e Complexo de Vira-Latas do PT
Se não bastassem as próprias evidências no contexto da grande palhaçada denominada Operação Lava Jato, patético espetáculo midiático condenado por especialistas em direito em todo o mundo que, internamente, causa estrago apenas na fachada do sistema enquanto se dedica, com mortal ódio, peculiar discriminação e afinco seletivo, a criminalizar o campo progressista brasileiro e terminar de arruinar a indústria nacional. Ao mesmo tempo, escancarando a porta do armário para a Besta Nazi-Fascista, que sempre rondou o Brasil.
Para coibir o Bolsolão e até mesmo, amparado na lei, cassar a candidatura “exótica” deste ser tosco que se recusa a participar de debates dedicando-se a ameaçar indiscriminadamente, e envolvendo-se em escândalos de abuso de poder econômico e difusão de noticias falsas do covarde Bolsonaro, onde está agora o ativismo anticorrupção representado pelo justiceiro tipo-exportação, arrogante e arbitrário Sergio Moro, repugnante lambedor de botas que consta na coleção WikiLeaks de telegramas secretos rebolando oculta, obediente e assanhadamente diante de seus tão admirados teachers?
Onde estão os carteis blindadores dos piores bandidos do Brasil, Tribunal Superior Eleitoral, Supremo Tribunal Federal, Ministério “Público” (pasmem!). e outros picadeiros falidos, expositores da maior vergonha nacional em nome da moral e da ordem?
O Brasil é famoso mundialmente por ser o amontoado de terras onde se predomina a máfia detentora do poder institucional, prostitutos do Estado de direito travestidos de gente decente em ternos, gravatas e os mais finos vestidos que apenas causam deslumbres nos mais ingênuos, capazes de tornar até traficantes de drogas “peixes pequenos”.
Onde está agora, ó Krishna, toda aquela “indignação”, esquizofrenia anticorrupção da grande mídia de imbecilização das massas e da própria sociedade excessivamente cínica, inerte, ignorante como poucas no globo, hipócrita em seu eternamente cômodo papel de fantoche como subproduto daquela, que esta mesma mergulhada em profundo falso moralismo acusa de manipuladora, na maior cara-de-pau?
Multidão atolada compulsivamente em uma moral e intelectualmente promíscua relação de amor dependente e ódio com os supra-sumos showmen e showwomen midiáticos, no fundo deslumbrada diante de quem apenas lhe perpetua o colonialismo cultural através da sutil imposição do cabresto da ausência de pensamento, fazendo-se pensar por ela.
Era tudo uma grande farsa! As oligarquias, incluindo os impiedosos barões da mídia de propaganda acompanhados de seus milhões de macacos de auditório esbanjando todos, uma vez mais na história deste falido país, sua velha e bem conhecida intolerância às diferencas.
Saindo do espectro dessa asquerosa patota da “Justiça” e seu bando de capachos e propagandistas – a canalhada da grande mídia –, certamente grande parte da tal de “esquerda” tupiniquim vestiu muito da carapuça acima. E o fez bem.
Em particular o Partido dos Trabalhadores, nisso tudo é mais culpado que vítima considerando os treze anos gozando dos deslumbres com o poder formando alianças mais espurias contra o que existe de pior – e contra os quais berra desesperado agora. Como se isso fosse democracia!
Treze anos, somados aos dois e meio desde que o PMDB de Temer (escolhido a dedo por Luiz Inácio) buscando desesperadamente por seu “grande” e único “projeto” de Brasil: vencer as eleições e retomar o poder. Bravo, PT! Não tomando exemplo nenhum da primeira queda, novamente caiu de bumbum nessa!
Nestes dois anos e meio desde que levou um previsível pé nos fundilhos por parte das oligarquias nacionais e internacionais, Luiz Inácio fez campanha em 2017 abraçado entusiasticamente com ele, o rei do agronegócio e da pilantragem mais descarada, emaranhado em casos de corrupção: Renan Calheiros – além de um dos mentores do golpe de Estado jurídico-parlamentar-midiático contra a “companheira” Dilma.
Aliás, sobre “companheiras” e “companheiros” lembremo-nos que o próprio José Dirceu, poucos anos após sua prisao pela Ação Penal 470 (Mensalão), qualificou Luiz Inácio e Dilma, exatamente, de “covardes”.
O PT também banalizou o jogo democrático, usou e abusou da politicagem mais baixa!
Em seus treze anos no poder nacional, apenas para resumir em um centésimo suas traquinagens – e chorem lágrimas de sangue por remorço, petistas! –, Luiz Inácio, quando gozava de enorme popularidade no poder desta Republiqueta de Bananas, vomitou filosofia barata exatamente aos milicos em contraposição aos vizinhos Uruguai, Argentina e Chile, que puniram seus gorilas: “Passado é pasado!”, ou seja, esqueçamos todos os crimes contra a humanidade da milicaiada golpista que até hoje chocam o mundo – inclusive pela impunidade dentro de casa. E “ai” de quem discordasse do, então, melhor amigo dos milicos!!
Mais adiante, em meados de 2013 a presidente Dilma não apenas perdeu a maior chance de chamar a sociedade em peso para si ao se manter omisamente calada diante dos clamores multitudinários por reforma política, como criou a profundamente reacionária Lei mentirosamente denominada Antiterrorismo, engodo que apenas serve para reprimir manifestações populares – algo que o PT e a democracia brasileira carecem fatalmente hoje – a fim de blindar os usurpadores do poder.
Abriu-se mão de reforma judiciária, midiática, enfim, novamente se optou por ficar ao lado das mesquinhas oligarquias.
O PT foi o governo que mais “investiu”, milhões e milhões de reais em tralhas historicamente golpistas como Rede Globo, Veja e outros lixos da imprensa comercial.
Não se precisava possuir diploma na área de Ciências Políticas para prever tragédias contra a democracia, em um futuro muito breve. E assim foi até o melancolico fim, com Haddad fazendo média com o pires na mão diante de ninguém menos que Eunicio de Oliveira! Até o fim, negaram realizar a urgente e honrosa mea culpa. Arrogância e demagogia no DNA, como diz Ciro Gomes.
Da mesma maneira que o bolsonarismo tende a ser mais agressivo que os 21 anos de ditadura militar, o PT novamente no poder, se vencesse estas eleições seria ainda mais dócil com o submundo da política, ou seja, governaria na posição em que Napoleão perdeu a guerra de maneira ainda mais orgíaca diante da oligarquía brasileira e d’alem mar, do que ocorreu em comparação aos treze anos em que esteve, arrogantemente, no poder.
O PT passou treze anos patrulhando soberanamente, de maneira nada democrática as críticas construtivas, atacando agressivamente os que advertiam que se daría com os burros do poder n’água com qualificações do tipo “esquerda radical”, acusava os critcos – sobretudo quando esas críticas tratavam da despolitização da sociedade brasileira – de sofrer do “complexo de vita-latas” tapando o sol da nossa fragilidade com a bem conhecida peneira da hipocrisia, dentre ataques muito mais graves.
Amarga ironia do destino: os petistas necessitam hoje, desesperadamente, deste setor tão atacado pelo partido quando gozava do poder – e das massas as quais não se preocupou em politizar. Em um beco sem saída, buscaram bem ao estilo cãezinhos vira-latas amparo em todos os setores políticos, a semelhança tambem dos caninos de rua, chutados para todo o lado.
Terminaram esquecidos, levados pela fría e cruel carrocinha da apatia, mais letal arma de destruição em massa – como em abril de 1964, doença saudada pelos donos do poder que mata o Brasil atualmente.
Por isso tudo, o PT é mais culpado que vítima neste cenário caótico. Tanto quanto a propria sociedade brasileira como um todo, em plena era da informação.
Triste, mas assim a fragilíssima democracia perdeu no Brasil.
Edu Montesanti