A guerra da NATO contra a Jugoslávia foi baseada em mentiras
A Alemanha entrou na guerra contra a Jugoslávia, com pretextos fabricados. A confissão sensacional do polícia alemão Henning Hentz que serviu na OSCE no Kosovo na década de 90 confirmou isso mesmo.
O motivo em análise é que as fotografias tiradas por Hentz no final de janeiro 1999 foram utilizadas pelo então Ministro da Defesa alemão Rudolf Scharping para justificar a interferência imediata da NATO no conflito do Kosovo. Ele apresentou as fotografias dos militantes mortos em Rugovo como sendo fotos de vítimas inocentes albaneses.
O que realmente aconteceu no Kosovo no final de janeiro de 1999, vários meses antes de a NATO lançar sua operação contra a Jugoslávia?
De acordo com fontes sérvias, mais de duas dezenas de terroristas do Exército de Libertação do Kosovo (ELK) foram mortos em Rugovo, enquanto os media ocidentais insistiram que pelo menos nove das vítimas eram civis. Especialmente, o New York Times que escreveu com a referência a um comandante local, que havia apenas quatro militantes do ELK na aldeia e não sabia nada sobre as outras pessoas. A 29 de janeiro o representante da missão da OSCE, Henning Hentz, estava em Rugovo e compartilhou as suas impressões da visita com a correspondente Iovanna Vukotic (Voz da Rússia) que dá uma imagem real do que aconteceu. Ali ele confirmou que isso não tinha nada a ver com a morte de civis albaneses.
“Nós descobrimos 25 corpos, incluindo 11 num autocarro e alguns outros perto do veículo. Vários outros corpos estavam deitados num celeiro que foi usado como garagem. O território em volta do celeiro estava coberto de neve, porém não havia vestígios. Eu pensei que os corpos tivessem sido levados para lá a partir de outro local, e muito provavelmente, um dia antes do confronto entre a polícia sérvia e militantes do ELK “, disse Henning Hentz.
Na época, o ministro da Defesa alemão, Rudolf Scharping, mostrou apenas algumas das fotos tiradas por Henning Hentz e por algum motivo disse que aquelas haviam sido tiradas por um oficial alemão. Ignorando deliberadamente as fotos que mostravam claramente os cadáveres dos militantes do ELK. Assim, Scharping conseguiu convencer o público de que “os maus”, ou sérvios, mataram novamente albaneses inocentes e provocaram uma onda de refugiados, disse Hentz.
“Para os alemães, isto significava que estariam envolvidos numa operação militar pela primeira vez depois do fim da Segunda Guerra Mundial. A minha impressão é que a situação do Kosovo, foi exagerada. Quando visitei o Kosovo, não havia necessidade de os albaneses deixarem as suas casas em massa. O verdadeiro êxodo começou com o início do bombardeamento. A maior parte do relatório sobre a situação do Kosovo era exagerado e estava sempre contra os sérvios “, acrescentou Henning Hentz.
A limpeza étnica no Kosovo foi usada como pretexto para bombardear a Jugoslávia. E o incidente na aldeia de Rugovo mostra uma vez mais que a campanha de relações públicas contra Belgrado foi organizada utilizando falsificações óbvias. Alegadamente, a NATO começou a pensar numa invasão após o assassínio de 40 civis albaneses em Rachak. No entanto, especialistas que estudaram os relatórios forenses concluíram que não havia provas de que os cadáveres eram de civis, e que eles haviam sido mortos por soldados sérvios.
Esta tecnologia está a ser usada até ao presente. Dando como exemplo, as fotos tiradas no Iraque, em 2003, são usados em transmissões de notícias para mostrar a morte de civis sírios. O efeito dramático das imagens é alcançado com o recurso a programas de edição de imagem. Por exemplo, uma família síria a caminhar nas ruas de uma qualquer cidade, a foto é mostrada com um fundo de edifícios em ruínas. Em última análise o efeito necessário é alcançado. No século 19, um proeminente poeta russo, Kozma Prutkov, disse: Se leres “bufalo” na placa da jaula de um elefante, por favor, não acredites nisso. Na verdade, no século 19, não havia tecnologia para fazer uma mosca de um elefante, nem um genocídio de um assassinato contratado.
http://www.globalresearch.ca/nato-s-war-against-yugoslavia-was-based-on-lies/32302
Tradução : Filipe T. Moreira