Um governo de idiotas

Tornou-se embaraçoso ser americano. O nosso país teve quatro presidentes seguidos, criminosos de guerra. Clinton lançou duas vezes ataques militares contra a Sérvia, ordenando que a OTAN bombardeasse a ex-Jugoslávia duas vezes, tanto em 1995 como em 1999, o que responsabiliza Bill por dois crimes de guerra. George W. Bush invadiu o Afeganistão e o Iraque e bombardeou as províncias do Paquistão e do Iêmen. Contabilizam-se assim quatro crimes de guerra para Bush. Obama usou a NATO para destruir a Líbia e enviou mercenários para destruir a Síria, cometendo dois crimes de guerra. Trump atacou a Síria com as forças dos EUA, tornando-se um criminoso de guerra, logo no início de seu mandato.

Acresce que a ONU participou nesses crimes de guerra em conjunto com os vassalos de Washington, europeus, canadenses e australianos, pelo que todos são culpados de crimes de guerra. Talvez a própria ONU devesse ser levada ao Tribunal de Crimes de Guerra juntamente com a UE, EUA, Austrália e Canadá.

Um bom recorde. A civilização ocidental, se é que isto é civilização, é a maior autora de crimes de guerra na história humana.

E há outros crimes – a Somália, e os golpes de Obama contra as Honduras e a Ucrânia, bem como as tentativas em curso, a partir de Washington, para derrubar os governos da Venezuela, Equador e Bolívia. Washington quer derrubar o Equador para capturar e torturar Julian Assange, um dos mais importantes democratas do mundo.

Tais crimes de guerra cometidos por quatro presidentes norte-americanos causaram milhões de mortos e feridos civis e desalojaram e deslocaram milhões de pessoas que agora chegam como refugiados à Europa, Reino Unido, EUA, Canadá e Austrália, trazendo os seus problemas com eles, alguns dos quais acabam por se tornar num imbróglio para os europeus, como as violações por gangues.

Qual é a razão de tanta morte e destruição, do crescente fluxo de refugiados para o Ocidente, e da violência sem disfarces do próprio Ocidente? Não sabemos. Dizem-nos mentiras: as “armas de destruição em massa” de Saddam Hussein, que o governo dos EUA dizia ser um facto inquestionável, não existiam. “O uso de armas químicas por Assad”, uma mentira óbvia e flagrante. “Armas nucleares iranianas”, outra mentira flagrante. As mentiras sobre Gaddafi na Líbia são tão absurdas que é inútil repeti-las.

Quais foram as mentiras usadas para justificar bombardeamentos a tribos no Paquistão, para bombardear um novo governo no Iêmen? Nenhum americano sabe ou se importa. Porquê a violência dos EUA contra a Somália? Mais uma vez, nenhum americano sabe ou se importa.

Ou os idiotas viram um filme.

Violência em seu próprio benefício. É nisso que os Estados Unidos se tornaram.

Na verdade, a violência é o que é a América. Não há mais nada lá. A violência é o coração da América.

E deve ter-se em conta não apenas os bombardeamentos e a destruição de países, mas também a interminável violência gratuita e ultrajante da polícia contra cidadãos norte-americanos. Se alguém deve ser desarmado, é a polícia dos EUA. A polícia comete mais “violência armada” do que qualquer outra pessoa, e ao contrário dos gangues de traficantes que lutam uns contra os outros por território, a violência policial não tem outra razão senão o gosto de cometer violência contra outros seres humanos. A polícia americana até já disparou contra crianças americanas de 12 anos de idade, sem fazer previamente qualquer pergunta, e fá-lo especialmente se eles forem negros.

A violência é a América. A América é violência. Os liberais imbecis culpam os donos de armas, mas é continuamente o governo que é a fonte da violência. Essa é a razão pela qual os nossos Fundadores nos deram a Segunda Emenda. Não foram os proprietários de armas que destruíram, no todo ou em parte, oito países. É o governo armado dos EUA que, à custa dos impostos dos contribuintes americanos, comete a violência.

A ânsia da América por violência está a virar agora os idiotas de Washington contra povos que podem ripostar também com violência: os russos e chineses, o Irão e a Coreia do Norte.

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Desde o idiota do Clinton, todos os governos dos EUA quebraram ou retiraram-se dos acordos com a Rússia, acordos que foram feitos a fim de reduzir as tensões e o risco de uma guerra termonuclear. Washington, inicialmente, tentou disfarçar os seus passos agressivos contra a Rússia com mentiras, como quando disse que os silos de mísseis ABM na fronteira da Rússia estão lá para proteger a Europa dos (não-existentes) misseis intercontinentais nucleares iranianos.

O governo de Obama ainda disse mais mentiras, mas optou por intensificar acusações falsas contra a Rússia e o presidente da Rússia, a fim de fomentar tensões entre as duas potências nucleares, a antítese da política de Ronald Reagan. Contudo, os liberais imbecis amam Obama e odeiam Reagan.

Related imageSabia que a Rússia é tão poderosa, e a NSA e a CIA tão fracas e impotentes, que a Rússia pode determinar o resultado das eleições nos EUA? Você deve saber disso e acreditar nisso, porque foi isso que ouviu do Partido Democrata, da CIA, do FBI, dos média americanos prostituídos e dos idiotas que ouvem a CNN, MSNBC, NPR ou leem o New York Times e o Washington Post.

Certamente já ouviu dizer, pelo menos mil vezes, que a Rússia invadiu a Ucrânia; contudo o fantoche de Washington ainda senta-se em Kiev. Não é preciso ter um QI acima de 90 para entender que se a Rússia tivesse invadido a Ucrânia, ele já não estaria lá.

Você sabia que o presidente da Rússia, que as pesquisas mundiais mostram que é internamente o líder mais respeitado do mundo, é, de acordo com Hillary Clinton, “o novo Hitler”?

Você sabia que o líder mais respeitado do mundo, Vladimir Putin, é um chefe mafioso, um bandido, uma tarântula no centro de uma rede de espionagem, de acordo com os membros do governo dos EUA, que são tão estúpidos que nem sequer sabem soletrar os seus próprios nomes?

Sabia que Putin, que se absteve de responder agressivamente às provocações norte-americanas, não por medo, mas por respeito à vida humana, diz-se que está decidido a reconstruir o Império Soviético? No entanto, quando Putin enviou uma força russa contra o exército da Geórgia – armado e treinado pelos EUA e por Israel para atacar a Ossétia do Sul -, o exército russo conquistou a Geórgia em cinco horas; mas retirou-se depois de dar aos demónios uma lição. Se Putin quisesse reconstruir o Império Russo, por que não se manteve na Geórgia, uma província russa durante 300 anos, até à dissolução, por Washington, do Império Russo quando a União Soviética entrou em colapso? Washington seria impotente para fazer fosse o que fosse se Putin tivesse declarado que a Geórgia passaria a ser novamente parte da Rússia.

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E agora temos o embaraço do diretor da CIA de Trump, Mike Pompeo, talvez a pessoa mais estúpida da América. Aqui temos um idiota do mais alto grau. Eu não tenho a certeza se por lá há algum QI. Possivelmente há zero.

Este idiota, se é que ele tem nível suficiente para o qualificarmos como tal, o que eu duvido, acusou Julian Assange, o Primeiro jornalista do mundo, a pessoa que mais do que ninguém representa a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, de ser um demónio que se alinha com ditadores e põe em perigo a Segurança da hegemonia americana, com a ajuda da Rússia. Tudo porque o Wilileaks publica material de fontes oficiais, revelando o comportamento criminoso do governo dos EUA. O Wikileaks não rouba os documentos. Os documentos são entregues ao Wikileaks por denunciantes que não podem tolerar a imoralidade e as mentiras do governo dos EUA.

Todos os que dizem a verdade são, por definição, contra os Estados Unidos da América. E o idiota Pompeo pretende capturá-los.

Quando li pela primeira vez a acusação de Pompeo contra Assange, pensei que devia ser uma piada. O diretor da CIA quer revogar a Primeira Emenda da Constituição americana. Mas o idiota do Pompeo realmente afirmou isso mesmo. (Ver aqui).

O que devemos fazer, o que é que o mundo deve fazer, quando temos idiotas completos como Diretores da Agência Central de Inteligência, como Presidentes dos EUA, como Assessores de Segurança Nacional, como Secretários de Defesa, como Secretários de Estado, como Embaixadores dos EUA Para a ONU, como editores do New York Times, Washington Post, CNN, NPR, MSNBC? Como pode haver alguma inteligência quando só há idiotas a mandar?

Quem estúpido é como tal se porta. O governo chinês disse que os americanos idiotas poderiam atacar a Coreia do Norte a qualquer momento. Uma grande frota dos EU está a dirigir-se para a Coreia do Norte. A Coreia do Norte, aparentemente, agora tem armas nucleares. Uma arma nuclear norte-coreana pode destruir a totalidade da frota americana. Porque será que Washington está a tentar provocar a esse desfecho? A única resposta possível é a estupidez idiota.

A Coreia do Norte não está a incomodar ninguém. Porque está Washington a escolher a Coreia do Norte? Washington quer guerra com a China? Em qual caso, Washington estará conluiada com a costa oeste dos EUA? Por que razão a Costa Oeste iria apoiar políticas que implicam o fim da Costa Oeste dos EUA? Será que os idiotas da costa oeste pensam que os EUA podem iniciar uma guerra com a China ou a Coreia do Norte sem qualquer consequência para a Costa Oeste? Serão os americanos assim tão profundamente estúpidos?

A China ou a Rússia podem individualmente acabar com os EUA. Juntos, podem tornar a América do Norte inabitável até o fim dos tempos. Porque será que os idiotas de Washington estão a provocar poderosas potências nucleares? Será que os idiotas de Washington pensam que a Rússia e a China se submeterão a ameaças?

A resposta é: Washington não passa de uma coleção de idiotas, pessoas estúpidas abaixo do significado de estúpido. Pessoas tão distantes da realidade que imaginam que o seu excessivo orgulho e arrogância os eleva acima da própria realidade.

Quando o primeiro Satan 2 chegar a Washington, a maior chusma de idiotas do mundo deixará de existir.

O mundo vai respirar um grande suspiro de alívio.

Pode vir! Força, idiotas, autoeliminem-se! Nós, os outros, não podemos esperar mais.

Paul Craig Roberts

 

Artigo original: A Government of Morons and War Criminals

Tradução : Júlio Gomes (Docente na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Portugal, atualmente reformado.)


Articles by: Dr. Paul Craig Roberts

About the author:

Paul Craig Roberts, former Assistant Secretary of the US Treasury and Associate Editor of the Wall Street Journal, has held numerous university appointments. He is a frequent contributor to Global Research. Dr. Roberts can be reached at http://paulcraigroberts.org

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